Há 50 anos, três gerações da nossa família atuam para deixar um legado que contribua, de alguma forma, para o desenvolvimento da sociedade brasileira. Abrindo os caminhos em 1965, Gastão Eduardo e Maria Cecília Souto Vidigal se dedicaram por quase quatro décadas à pesquisa de ponta na área de hematologia. Sempre por meio de parcerias, uniram-se para a disseminação do conhecimento no tema, traduzindo a então distante ciência para a sociedade.
Com o falecimento do patriarca em 2001, mudaram-se os rumos da Fundação, momento a partir do qual nós, da segunda e terceira gerações, compostas de filhos e netos, buscamos entender a importância da atuação da instituição no terceiro setor. Para além disso, olhamos para as reais demandas sociais naquele momento, o que nos possibilitou criar novas linhas de atuação e mecanismos sólidos de governança, como o estatuto e o fundo patrimonial, assegurando assim a perenidade das atividades da Fundação.
Foi em 2007, estimulados pela pesquisa apresentada pelo Dr. Saul Cypel, por uma vontade de todos e por uma oportunidade de fazer a diferença, que escolhemos a Primeira Infância (PI) como foco de atuação da Fundação. E por que a Primeira Infância? Porque é nesse período que vai da gestação aos 6 anos de idade, que a criança desenvolve a maior parte da sua estrutura cerebral, precisando ser olhada de maneira integral e integrada.
Porque os vínculos construídos nessa etapa e o entorno em que a criança se encontra vão influenciar de maneira significativa o desenvolvimento dela e sua vida no futuro. Além disso, a cada dólar investido na PI, há um retorno quatro a nove vezes maior, provando que, ao estimular o desenvolvimento infantil desde os primeiros anos de vida, a sociedade investe em um futuro melhor. Afinal, estamos falando de uma população de 19 milhões de crianças de 0 a 6 anos, hoje, no Brasil.
Nós empenhamos dia a dia no engajamento e na atuação em meio a academia, governo, outras organizações, profissionais e empresas para gerar cada vez mais projetos, desenvolver políticas públicas, fomentar programas e pesquisas inovadoras, aproximar ciência e sociedade e expandir o conhecimento sobre a PI.
Comemoramos resultados e nos orgulhamos em dizer que o nosso programa Primeiríssima Infância já é política pública, que apoiamos o processo de construção do Marco Legal da Primeira Infância, e sensibilizamos, somente ao longo deste ano, mais de 4 mil profissionais para a PI e atingimos mais de 860 inserções na mídia sobre o tema.
Renovamos o nosso compromisso com a construção coletiva de uma sociedade melhor, e o nosso papel nesse processo é trabalhar pelo desenvolvimento integral da criança.
Faça parte da nossa causa!
Presidente do Conselho de Curadores
Guilherme Vidigal Andrade GonçalvesEx-Presidente do Conselho de Curadores (2012-2015)
Regina Vidigal Guaritaex-presidente do Conselho de Curadores (2005-2012)
“Os homens trilham quase sempre caminhos abertos por outros e pautam suas ações sobre essas imitações, embora não possam repetir tudo na vida dos imitados nem igualar a sua virtù. Um homem prudente deve sempre seguir os caminhos abertos pelos grandes homens e espelhar-se nos que foram excelentes. Mesmo não alcançando a sua virtù, deve pelo menos mostrar algum indício dela e fazer como os arqueiros prudentes que, julgando muito distantes os alvos que pretendem alcançar e conhecendo bem o grau de exatidão de seu arco, orientam a mira para bem mais alto que o lugar destinado, não para atingir tal altura com a flecha, mas para poder, por meio de mira tão elevada, chegar ao objetivo. ”
Nicolau Maquiavel
Em 2015, a Fundação completou 50 anos.
Com alguma frequência, costumo mencionar a coragem e o olhar inovador dos seus criadores – Dr. Gastão Eduardo e Dona Maria Cecília. Ainda hoje não se encontram estabelecidos no Brasil os incentivos (fiscais, por exemplo) para a criação de fundações. Imaginem há 50 anos!
Ouso dizer que Dr. Gastão e Dona Maria Cecília não tinham noção de aonde esse projeto tão importante chegaria nos 30, 40, 50 anos de história.
Nas quatro décadas iniciais, o objetivo da Fundação foi incentivar a pesquisa na área da hematologia. Quando converso com aqueles que acompanharam desde o início, a Fundação é mencionada como referência de seriedade e de conhecimento técnico de qualidade para gerações de profissionais, impactando a vida de muitas pessoas e famílias brasileiras.
Em 2007, a Fundação assumiu um novo olhar, voltado para a geração e disseminação de conhecimento sobre a Primeira Infância (período que vai da gestação aos 6 anos de idade). Resgatei a primeira carta que falava sobre a “nova” Fundação, que continha uma mensagem de renovação pertinente para todos nós:
“Este é o primeiro ano em que a ‘nova’ Fundação Maria Cecília atua sob a égide de um novo estatuto, de nova governança corporativa, de novas perspectivas de programação...
... é nesta faixa populacional que se constroem as bases para o futuro de todos os indivíduos e justamente neste momento a criança ainda é bastante negligenciada na sociedade brasileira. Acreditamos que a FMCSV possa dar uma contribuição expressiva ao tema.
Regina Vidigal Guarita
Presidente do Conselho de Curadores – 2007”
O trecho acima, comparado com nossos atuais desafios, indica que ainda temos um longo caminho a percorrer.
Fazendo um paralelo entre o passado e o presente, vemos, por exemplo, que em 2000, em cada mil nascidos, registravam-se 29 mortos. Em 2007, o ano da carta, o número era de 19,98 mortos. Em 2015, eram 13,82 crianças que morriam para cada mil nascidos vivos*. Uma grande evolução, mas ainda longe de países como Islândia (2,6), Suécia (2,7) e Chipre (2,8).
Portanto, é importante que o Brasil continue fortalecendo políticas que garantam uma vida digna e saudável às crianças. Mesmo sabendo que o zero é um número inalcançável nessa estatística, o país tem de mantê-lo como meta, pois perder uma vida que seja, é inaceitável.
Felizmente, a maioria das crianças brasileiras não faz parte dessa estatística. No entanto, por causa da grande desigualdade social que enfrentamos, elas têm dificuldades para alcançar o seu pleno potencial. Essas crianças são o presente e o futuro, e é por elas que a FMCSV tem trabalhado, desde 2007.
Um trabalho que é amplo porque tem de acontecer na:
família;
saúde;
educação;
comunidade e em toda a sociedade.
Justamente por causa da complexidade desse propósito, e por acreditar na amplitude da causa da Primeira Infância, é que a FMCSV tem como princípio atuar SEMPRE em parceria e com muito diálogo.
Em 2015 estabelecemos metas ousadas e desafiadoras. Ampliamos o diálogo, fortalecemos parcerias e geramos grandes conquistas, abaixo destaco algumas delas:
- a Fundação se orgulha de ter feito parte de um esforço que resultou na
aprovação do Marco Legal da Primeira Infância na Câmara dos Deputados e no Senado e já sancionado pela presidente
, sendo fruto “de um trabalho coletivo”;
- através do
Núcleo Ciência pela Infância
, colaboramos diretamente para o
desenvolvimento de mais de 233 líderes
, sendo que alguns deles, já em 2015, colocaram em prática seus planos de ação e
impactaram positivamente muitas crianças pelo Brasil;
- o Programa São Paulo pela Primeira Infância (SPPI)
se tornou política pública estadual, com previsão de
alcançar 101 municípios
até 2017. A tecnologia do programa foi sistematizada e está disponível para implantação em outros estados e municípios;
- testamos diferentes modelos e, de certa maneira, ousamos na busca para alcançar novas formas de
sensibilizar a sociedade
com informação relevante sobre a PI:
- a exibição, no Discovery Home & Health,
da série “Quando tudo começa” foi assistida por mais de 1,2 milhão de espectadores;
- os três cadernos na Folha de São Paulo
dedicados à Primeira Infância
alcançaram 1,3 milhão de leitores
, mais uma vez
traduzindo a ciência para a sociedade;
- “O Começo da Vida”
, documentário filmado em nove países, mostra a importância dos primeiros anos de vida na formação de cada pessoa. Projeto de 3 anos que será lançado em maio de 2016.
O ano de 2015 foi também um ano de muita reflexão. Olhamos para fora e para dentro. Conversamos com especialistas do Brasil e do mundo. Estudamos modelos de atuação, de sucesso, de instituições que buscam promover o que chamamos de “mudança sistêmica” em todos os aspectos da Primeira Infância.
Procuramos entender como ampliar e ter mais impacto no nosso papel como um agente de mudança da realidade da nossa sociedade.
Terminamos 2015 com grandes transformações internas. Criamos uma área de Operações e Estratégia e, dentro dela, um Escritório de Projetos. As duas iniciativas visando ser mais eficientes e eficazes no nosso trabalho.
Fizemos nossa Revisão Estratégica, estabelecendo um foco maior e um olhar de longo prazo (2016-2021).
Para 2016, queremos mais resultados e mudanças, e assim continuamos nossa caminhada, inspirando-nos nas conquistas de outros e nos juntando a eles pela transformação do nosso país, sempre mirando nossa flecha no nosso objetivo, não importando a distância e os obstáculos que ela terá de percorrer.
Que venham mais 50 anos e um futuro promissor logo adiante.
Boa leitura!
Diretor-presidente da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
Já se vão 50 anos desde que Gastão Eduardo e Maria Cecília Souto Vidigal iniciaram os trabalhos da Fundação, criando um fundo para a ampliação das pesquisas e a disseminação do conhecimento sobre hematologia. Tudo começou com um laboratório em parceria com a Escola de Medicina da Universidade de São Paulo e, ao longo de 40 anos, a atuação em prol da causa centrou-se no fomento a pesquisas, tradução e disseminação da ciência para a sociedade.
Em 2001, o patriarca deixa seu legado para ser gerido pela 2ª e 3ª gerações da família, que se uniram e se capacitaram para dar continuidade à excelência do trabalho desempenhado pela Fundação. Desde 2007 a causa da Primeira Infância é o foco e as conquistas são muitas, alcançadas por meio de um intenso trabalho de articulação, fomento de práticas inovadoras e geração e disseminação de conhecimento. Uma história que vale a pena conhecer!
Abaixo, alguns marcos da nossa história de 50 anos!
A Fundação se aproxima da causa da Primeira Infância (PI), especialmente após o Prof. Dr. Saul Cypel, neuropediatra e parte do Conselho de Curadores, apresentar um consistente projeto científico sobre o tema. A partir daí a Fundação passa a se dedicar oficialmente à promoção do desenvolvimento da Primeira Infância.
Realização do I Workshop Internacional de Desenvolvimento Infantil (DI), com o tema: "Debate abrangente do Desenvolvimento da Primeira Infância". A edição reuniu, em São Paulo, um grupo de 70 profissionais multidisciplinares especializados no tema do DI para orientar a linha de atuação da Fundação. As discussões giraram em torno do conceito de desenvolvimento infantil integral e integrado e do papel das políticas públicas para a disseminação de informações.
Criação do Programa Primeiríssima Infância , em parceria com municípios do estado de São Paulo, um projeto intersetorial implementado nas redes de atendimento a gestantes e crianças de até 3 anos (em 2013 torna-se o Programa São Paulo pela Primeiríssima Infância).
Realização do II Workshop Internacional de Desenvolvimento Infantil , abordando o tema "Os instrumentos de avaliação de programas sociais para a Primeira Infância". Os palestrantes expuseram casos de sucesso, tanto na implementação quanto nos resultados, das políticas e dos projetos desenvolvidos em todo o mundo. A Fundação dedicou espaço à questão do Desenvolvimento Infantil no Brasil, explicando seu papel como uma organização do terceiro setor em um país carente de projetos no segmento.
Nova missão e visão são estabelecidas. Atuação da Fundação passa a se dar por meio de projetos que levam a campo iniciativas para o fortalecimento do desenvolvimento integral da criança, fomentando pesquisa e inovações em termos de monitoramento e avaliação. O objetivo é incorporar a geração e a disseminação de conhecimento e as práticas como estratégias.
Expansão do Programa Primeiríssima Infância com a implementação nas cidades de Botucatu, Itupeva, Penápolis, São Carlos, São José do Rio Pardo e Votuporanga. Realização do III Workshop Internacional de Desenvolvimento Infantil.
Realização do III Workshop Internacional de Desenvolvimento Infantil (DI) , que abordou o tema "A Comunicação para o Desenvolvimento Infantil", discutindo experiências e formas de disseminação de conhecimento para o DI, tendo a comunicação como ferramenta aliada à missão.
Parceria para cooperação científica com a Fundação de Amparo à Pesquisado Estado de São Paulo (Fapesp), para o lançamento de editais de pesquisas nas áreas relacionadas à Primeira Infância.
Realização do IV Workshop Internacional de Desenvolvimento Infantil (DI) , aberto pela primeira vez ao grande público e reunindo 170 profissionais. O tema "Redes e parcerias em prol do Desenvolvimento Infantil" incentivou ainda o estabelecimento de parcerias para realização da atividade. As entidades que colaboraram foram: Aliança pela Infância, Fundação Abrinq, Instituto C&A e Sociedade Brasileira de Pediatria.
Estruturação do Núcleo Ciência Pela Primeira Infância (NCPI), contando com os parceiros: Center on Developing Child (CDC) e David Rockefeller Center for Latin American Studies (DRCLAS), ambos da Universidade de Harvard, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Seu principal objetivo é traduzir o conhecimento científico produzido para uma linguagem mais acessível à sociedade, de modo que ele seja incorporado às políticas públicas e às práticas profissionais.
Realização, pelo Núcleo Ciência Pela Primeira Infância (NCPI), do I Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância com o tema “Ciência e políticas públicas - um diálogo fundamental”.
Programa Primeiríssima Infância (PPI) passa a atuar na microrregião da Cidade Ademar, zona Sul da capital paulistana.
Exibição da série “Nota 10 Primeira Infância – 0 a 3 anos” , em parceria com a Fundação Roberto Marinho, veiculada no Canal Futura. Os temas dos programas referiram-se a cinco conceitos científicos que mostram como os primeiros anos de vida são decisivos na formação do ser humano: o desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos, o conceito criança, a importância do vínculo, o brincar e o papel da família. O vídeo e um material digital estão disponíveis para acesso online.
Eleito novo presidente do Conselho de Curadores, membro da terceira geração da família: Guilherme Vidigal Andrade Gonçalves, substituindo Regina Vidigal Guarita, à frente do Conselho desde 2005.
Definição dos três eixos de atuação: Articulação (UNIR ESFORÇOS), Gerar e disseminar conhecimento (GESTÃO DO CONHECIMENTO) e Práticas (MUDAR REALIDADES), potencializando o trabalho da Fundação.
O Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI) começa a realizar de fato a produção científica por meio de reuniões. Houve ainda a realização da primeira edição do Programa de Liderança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância, em Cambridge, na Universidade de Harvard, e do II Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância com o tema “Ciência e políticas públicas - um diálogo fundamental”.
Parceria com o Instituto Frameworks, contemplando o desenvolvimento de pesquisa com o objetivo de compreender como a sociedade brasileira entende a Primeira Infância.
Alcance de bons resultados do Programa Primeiríssima Infância (PPI) em Itupeva, com mudanças significativas nos processos de trabalho e nos serviços de atendimento à gestante e à criança de 0 a 3 anos.
Expansão do Programa Primeiríssima Infância (PPI) para oito municípios: Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Jarinu, Jundiaí, Itatiba, Louveira, Morungaba e Várzea Paulista. Início da parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP).
Multiplicação das iniciativas relacionadas ao Programa Primeiríssima Infância (PPI) , produção e distribuição de publicações e desenvolvimento de novos modelos práticos, consolidando o relacionamento com lideranças focadas no tema.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP) fortalece parceria, por meio de um convênio com o Programa Primeiríssima Infância (PPI) e amplia sua extensão, dando origem ao Programa São Paulo pela Primeiríssima Infância (SPPI) , abrangendo, nessa etapa, 41 municípios, em mais 5 regiões do estado.
Início da parceria com o Grand Challenges Canada - “Saving Brains”, edital que busca iniciativas inovadoras em todo o mundo que contribuam para o desenvolvimento na Primeira Infância, com foco na solução de grandes desafios dentro do tema. O primeiro edital recebeu 106 inscrições, 23 delas de projetos brasileiros, sendo 3 selecionados para serem desenvolvidos.
Desenvolvimento do Índice de Atenção Integral à Primeira Infância (IPPI), que mapeia cenários e favorece a implementação das ações do Programa São Paulo pela Primeiríssima Infância, e da Linha de Cuidado da Saúde da Criança, que estabelece padrões de cuidado para crianças de 0 a 3 anos em todo o estado de São Paulo.
Parceria com o Observatório do Plano Nacional da Educação (coordenado pelo Movimento Todos pela Educação) para produzir conteúdos sobre as metas relacionadas à educação infantil, dentro do Plano Nacional da Educação (PNE).
Realização, pelo Núcleo Ciência Pela Primeira Infância (NCPI), do III Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância , com o tema "Como levar o meu projeto a um maior número de beneficiados?".
Implantação do novo modelo de gestão da Fundação, que define metas para seus gestores, criando uma melhor dinâmica de acompanhamento das métricas e desempenho.
Realizada a segunda série “Nota 10 Primeira Infância – 4 a 6 anos”, com cinco programas cujos temas foram: Não sou mais bebê, Minha família, Minha escola, Minhas brincadeiras e Meu Futuro. O vídeo está disponível para acesso online.
Realização, pelo Núcleo Ciência Pela Primeira Infância (NCPI), da 2a edição do Programa de Liderança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância, em Cambridge, na Universidade de Harvard.
Aprovação, pela Comissão Especial na Câmara dos Deputados, em Brasília, do Marco Legal da Primeira Infância. Elaborado em 2013, o Projeto de Lei 6.998 foi uma conquista dos parlamentares que integraram o Programa Liderança Executiva do Núcleo Ciência Pela Primeira Infância (NCPI).
Publicação do estudo “O impacto do desenvolvimento na Primeira Infância sobre a aprendizagem” , primeiro de uma coleção elaborada pelo Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Primeira Infância (NCPI). O objetivo é orientar, mobilizar e apoiar gestores públicos e legisladores na criação de políticas e programas focados na gestante e na criança de 0 a 6 anos.
Renovação das intenções para a continuidade do Núcleo Ciência Pela Primeira Infância (NCPI) por mais um triênio (2015-2017), e inclusão do Hospital Infantil Sabará como novo parceiro.
O Programa São Paulo pela Primeiríssima Infância recebe o Prêmio Alas/BID, concedido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento na categoria Best Innovation Award, e também leva o primeiro lugar no IV Fórum Estadual de Promoção da Saúde.
Sistematização de oito publicações com um passo a passo para a implementação do Programa Primeiríssima Infância (PPI), compartilhadas com gestores municipais que desejam criar ações nessa área. O objetivo é apresentar os principais passos para criação, qualificação e manutenção de programas e políticas, além de oferecer sugestões para monitoramento, avaliação e estruturação de uma governança motivada e eficiente, focada no desenvolvimento da Primeiríssima Infância.
Realização do Forum Investing in Young Children Globally (iYCG), idealizado pela Academia Americana de Ciências, dentro da “Semana da Primeira Infância”, criada pela Fundação.
Realização, pelo Núcleo Ciência Pela Primeira Infância (NCPI), do IV Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, com o tema "Fortalecendo as potencialidades dos adultos para que promovam o desenvolvimento das crianças", dentro da “Semana da Primeira Infância”.
Realização, pelo Núcleo Ciência Pela Primeira Infância (NCPI), da terceira edição do Programa de Liderança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância, em Cambridge, na Universidade de Harvard.
A Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV) tem como causa a promoção do desenvolvimento na Primeira Infância, etapa que vai da gestação aos 6 anos de idade. Sua atuação se dá por ações de conscientização da sociedade, mobilização de lideranças, apoio à qualificação da educação infantil e programas de fortalecimento da família, conjunto que permite à Fundação cumprir sua missão de gerar e disseminar conhecimento para o desenvolvimento integral da criança.
Gerar e disseminar conhecimento para o desenvolvimento integral da criança.
Desenvolver a crianca para desenvolver a sociedade.
Os avanços pela Primeira Infância só podem ser substanciais se trabalhados a várias mãos. É por isso que a Fundação realiza ações focadas na atuação conjunta entre setores público e privado, academia e da sociedade civil organizada.
Significa criar, traduzir sistematizar e disseminar conteúdos sobre a Primeira Infância para oferecer à sociedade e, em especial, aos públicos de interesse, os argumentos e subsídios qualificados para que possam reconhecer, atuar e defender a causa.
Projetos que levam a campo iniciativas que fortaleçam o desenvolvimento infantil para serem testadas, monitoradas e avaliadas. O objetivo é gerar conhecimentos sobre processos de intervenção e transformação social que possam ser disseminados e escalados.
Nosso compromisso é com a causa, com a instituição e com o crescimento pessoal e profissional. Temos paixão e orgulho pelo que fazemos.
Conduzimos nossas atividades e relações de forma íntegra e transparente. Não toleramos qualquer descumprimento de nossas políticas.
Trabalhamos em equipe de forma integrada e eficaz. Contratamos e retemos pessoas que gostem de trabalhar em equipe, que sejam preparadas, eficientes, com bom astral e flexíveis (que gostem de fazer múltiplas tarefas).
Valorizamos o trabalho com parceiros, construindo soluções efetivas.
Buscamos resultados a partir de metas preestabelecidas.
Gerar e disseminar conhecimento para o desenvolvimento integral da criança.
Desenvolver a crianca para desenvolver a sociedade.
Os avanços pela Primeira Infância só podem ser substanciais se trabalhados a várias mãos. É por isso que a Fundação realiza ações focadas na atuação conjunta entre setores público e privado, academia e da sociedade civil organizada.
Significa criar, traduzir sistematizar e disseminar conteúdos sobre a Primeira Infância para oferecer à sociedade e, em especial, aos públicos de interesse, os argumentos e subsídios qualificados para que possam reconhecer, atuar e defender a causa.
Projetos que levam a campo iniciativas que fortaleçam o desenvolvimento infantil para serem testadas, monitoradas e avaliadas. O objetivo é gerar conhecimentos sobre processos de intervenção e transformação social que possam ser disseminados e escalados.
Nosso compromisso é com a causa, com a instituição e com ocrescimento pessoal e profissional. Temos paixão e orgulho pelo que fazemos.
Conduzimos nossas atividades e relações de forma íntegra e transparente. Não toleramos qualquer descumprimento de nossas políticas.
Trabalhamos em equipe de forma integrada e eficaz. Contratamos e retemos pessoas que gostem de trabalhar em equipe, que sejam preparadas, eficientes, com bom astral e flexíveis (que gostem de fazer múltiplas tarefas).
Valorizamos o trabalho com parceiros, construindo soluções efetivas.
Buscamos resultados a partir de metas pré-estabelecidas.
Em 2015 a Fundação realizou mudanças em sua estrutura interna e avançou na criação de novos mecanismos de governança. Essas ações trouxeram mais sinergia às atividades internas e maior transparência às práticas. Um passo importante foi a criação do Escritório de Projetos e Avaliação, dentro da área de Estratégia e Operações. Trata-se de uma nova célula com escopo amplo de atuação que busca elevar o nível de maturidade da gestão estratégica do seu portfólio de programas e projetos. Foi realizada a 4ª Pesquisa de Clima, cujos resultados foram além do esperado, com 82% no nível de satisfação geral interno, superando os 74% alcançados em 2014. Houve ainda maior investimento na gestão de pessoas, 9% a mais em comparação a 2014 e desenvolvimento de melhores processos na Gestão Orçamentária e Fiscal.
Outra grande conquista, fruto de um trabalho realizado desde 2012 pela área de Conhecimento Aplicado junto com as demais áreas da Fundação, foi a transformação do Programa São Paulo pela Primeiríssima Infância em política pública. Hoje, trata-se de uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Fundação, municípios paulistas e ONGs,crianças; promoção do trabalho intersetorial com os vários participantes que atuam com crianças e gestantes; e mobilização da sociedade para a importância dessa fase da vida. Até o fim de 2015, o alcance era de 41 municípios, com a previsão de expandir 150%, chegar a mais 60 municípios em 2016. A ação integrada abrange as secretarias de Saúde (SES), Desenvolvimento Social (SEDS) e Educação (SEE). Do total de cidades contempladas, 71 também fazem parte do programa estadual “Saúde em Ação”, que irá investir, em parceria inédita com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), R$ 801 milhões extras para fortalecer a saúde pública do estado.
Como parte desse importante movimento de melhoria e novas perspectivas, a comunicação passou a ser cada vez mais atuante ao adotar campanhas e peças mais direcionadas e qualificadas para o público alvo, trabalhando melhor com a mobilização e a capacitação da imprensa e gerando um salto qualitativo nas matérias publicadas. Inovou ao produzir seu primeiro “Doc-Reality” em parceria com o Discovery Home & Health, e os três cadernos na Folha de S.Paulo sobre a Primeira Infância. Tudo para garantir o cumprimento do compromisso da Fundação com a disseminação do conhecimento para a sociedade.
Em uma boa governança, inovar anda em paralelo com a sustentabilidade institucional. É por isso que uma das marcas da Fundação é sua perenidade, garantida especialmente através da sua governança, por meio de seus Conselhos – de Curadores (deliberativo) e Fiscal (fiscalizador) – e dos comitês (consultivos): de Investimento, de Comunicação, de Clima e de Ética. Todos os membros dos Conselhos e Comites realizam a sua participação na governança da Fundação a partir da sua atuação profissional, de forma voluntária. Saiba mais sobre cada instância e seus membros no site institucional e conheça os conselheiros que ajudaram a construir esta história.
Ao longo de 2015, buscando maior eficiência, as atribuições da área de Avaliação e Pesquisa foram divididas entre as áreas de Estratégia e Operações, que montou o Escritório de Projetos e Avaliações, e a área de Programas, que ao incorporar a parte de Pesquisa, acabou tendo o nome alterado para Conhecimento Aplicado.
Além da mudança de áreas para garantir maior sinergia na realização das atividades e melhores resultados, em 2015, seguindo as melhores práticas de gestão , foi criado o Comitê de Ética. O órgão é responsável por analisar situações que eventualmente contrariem as disposições do Código de Conduta e Ética , promover melhorias nesse mesmo código sempre que necessário e responder a consultas sobre dúvidas ou omissões para sua correta aplicação. É parte de um processo contínuo de aprimoramento da governança e gestão, e deve ser observado por todos os conselheiros, administradores, diretores, membros de comitês, funcionários, estagiários, voluntários, consultores, prestadores de serviços e colaboradores da Fundação.
A gestão financeira da Fundação se pauta pela preservação e sustentabilidade do seu patrimônio, alinhando a visão de longo prazo ao comprometimento com a realização da sua missão e a maximização de resultados.
Em 2015, um total de R$1.332.045,67 foi recebido diretamente pela Fundação de doadores e destinados a projetos específicos ¹.
A soma do valor de doações e patrocínios acima descrito e dos recursos aportados por parceiros diretamente em nossos projetos (contrapartida), ou seja, o co-investimento total, totalizou R$ 6.003.124,36.
Além desses, Luis Guerra, um dos gestores do Fundo Patrimonial contratados, doou R$1.000,00 para a Fundação, como pessoa física. Consideramos ainda os valores de mercado das licenças Microsoft utilizadas pela Fundação como doação desta última.
As demonstrações financeiras foram auditadas pela KPMG, aprovadas em todos os quesitos necessários, estando disponíveis no site da FMCSV.
¹ Essa apuração refere-se aos recursos efetivamente recebidos pela Fundação (regime de caixa) no exercício de 2015, não estando necessariamente representados nas suas demonstrações contábeis do exercício como receita com patrocínios e doações, em função de diferenças na forma de apropriação contábil desses valores.
ATIVO | 2014 | 2015 |
---|---|---|
Caixa e equivalente de caixa | 3.662 | 2.633 |
Recursos vinculados | 722 | 555 |
Outros créditos | 20 | 16 |
Títulos e valores mobiliários (Fundo Patrimonial) | 373.753 | 398.671 |
Imobilizado | 1.063 | 925 |
Intangível | 29 | 18 |
TOTAL DO ATIVO | 379.249 | 402.818 |
PASSIVO | ||
---|---|---|
Fornecedores | 96 | 505 |
Obrigacões trabalhistas | 315 | 324 |
Obrigações tributárias | 91 | 86 |
Recursos a aplicar | 722 | 555 |
Outras obrigações | 96 | 97 |
Provisão de contingências | 321 | - |
PATRIMÔNIO LÍQUIDO | ||
---|---|---|
Patrimônio social | 387.287 | 377.608 |
Superavit (deficit) acumulado | (9.679) | 23.643 |
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO | 377.608 | 401.251 |
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO | 379.249 | 402.818 |
RECEITAS OPERACIONAIS | 2014 | 2015 |
---|---|---|
ATIVIDADES | ||
Receitas com patrocínios e doações | 592 | 972 |
Outras receitas das atividades | 538 | 43 |
Trabalho voluntário | 70 | 339 |
Renúncia fiscal | 8.387 | ( 2 ) |
TOTAL - RECEITAS OPERACIONAIS DAS ATIVIDADES | 9.587 | 1.354 |
DESPESAS OPERACIONAIS | ||
---|---|---|
Despesa com pessoal | 1.898 | 2.047 |
Despesas com serviços de terceiros | 2.845 | 4.145 |
Despesas com viagens | 457 | 522 |
Despesas com publicações | 373 | 609 |
Despesas gerais | 242 | 175 |
Despesas com patrocínios e doações | 3.167 | 3.998 |
TOTAL - DESPESAS DAS ATIVIDADES (Projetos sociais e Patrocínios) | 8.982 | 11.496 |
Trabalho voluntário | 70 | 339 |
Renúncia fiscal | 8.387 | ( 2 ) |
TOTAL - DESPESAS DAS ATIVIDADES | 17.439 | 11.835 |
RESULTADO OPERACIONAL ANTES DAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS | 7.852 | 10.481 |
---|---|---|
Despesa com pessoal | 1.975 | 2.415 |
Despesa gerais e administrativas | 592 | 635 |
Despesa com serviços de terceiros | 637 | 712 |
Despesa com viagens | 197 | 172 |
Impostos e taxas | 355 | 12 |
Depreciação e amortização | 177 | 184 |
Despesas com treinamentos | 122 | 126 |
Outras receitas operacionais | 2 | 320 |
TOTAL - DESPESAS ADMNISTRATIVAS | 4.053 | 3.936 |
RECEITAS / DESPESAS FINANCEIRAS | 32.624 | 38.060 |
SUPERAVIT / DEFICIT DO EXERCÍCIO | 20.719 | 23.643 |
A Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, com o objetivo de manter seu legado dos últimos 50 anos e dar continuidade às atividades, estabeleceu uma estrutura que tem como pilar a gestão e a governança do Fundo Patrimonial, cuja responsabilidade é de competência do Conselho de Curadores. O conselho administra o Fundo Patrimonial com base em uma política de investimentos recomendada pelo Comitê de Investimentos. O uso dos recursos do Fundo Patrimonial é aprovado anualmente pelo Conselho de Curadores sob a forma de um orçamento elaborado pela equipe da Fundação e conta com a anuência do curador de fundações do Ministério Público de São Paulo.
A utilização prudente desses recursos mantém o valor do patrimônio da Fundação, permitindo a execução da sua missão da melhor forma possível. Nesse sentido, o Comitê de Investimentos e a equipe da Fundação pautam seu trabalho em estratégias de investimento com o objetivo maior de minimizar as perdas e superar a meta de rentabilidade de 4,5% mais inflação (IPCA/IBGE).
Em 2015, as decisões não foram diferentes, considerando um cenário econômico desafiador para o investidor que visa ao longo prazo. A rentabilidade anual do Fundo Patrimonial foi de 10,2% no ano, percentual abaixo da meta traçada, de 15,2%, impactada pelas dificuldades que o Brasil enfrentou no ano. Apesar desse resultado, em 2015 o Fundo Patrimonial obteve uma receita de R$ 38 milhões. Mais ainda, o comprometimento com a perenidade e a missão da Fundação estiveram mais presentes, pois foram adotadas estratégias voltadas para dar maior solidez à carteira do Fundo, optando por ativos que contam com maior proteção contra inflação e instabilidades econômicas que possam a vir no futuro.